Militares russos matam família ucraniana que se recusou a deixar casa – @gazetadopovo


Homenagem em Kiev, capital da Ucrânia, aos mortos na guerra iniciada pela invasão russa
Homenagem em Kiev, capital da Ucrânia, aos mortos na guerra iniciada pela invasão russa| Foto: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO

Uma família de nove pessoas, incluindo duas crianças
pequenas, foi morta a tiros na cidade de Volnovakha, na região de Donetsk, no
leste da Ucrânia, em uma área ocupada pela Rússia.

Segundo informações da CNN, a procuradoria ucraniana informou
na segunda-feira (30) que homens armados trajando uniformes militares estiveram
na casa dias antes e exigiram que a família desocupasse o imóvel para que no
local fosse acomodada uma unidade do exército russo.

Como a família se recusou, os homens fizeram ameaças e
deixaram o local. Dias depois, retornaram e “dispararam contra todos os nove
membros da família, que estavam dormindo naquele momento”, disse a promotoria
ucraniana.

“Uma investigação pré-julgamento foi iniciada como parte de
processos criminais por violação das leis e regras de guerra”, afirmou.

Por sua vez, um comitê de investigação da Rússia informou
que dois militares russos foram presos na segunda-feira por suspeita de
participação no crime em Volnovakha. Segundo esse comitê, os suspeitos são
“militares russos do Extremo Oriente servindo sob contrato”.

“Os suspeitos foram detidos e encaminhados ao departamento
de investigação; estão sendo realizadas ações investigativas e processuais
destinadas a apurar todas as circunstâncias do incidente, bem como a
consolidação da base probatória”, afirmou a comissão, que disse que as
primeiras informações dão conta de que a motivação do crime seria “um
desentendimento por questões domésticas”.

Desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro do ano passado, os militares da Rússia foram acusados de diversas mortes de civis, como o ataque a uma estação ferroviária em Kramatorsk em abril de 2022, quando 63 pessoas foram mortas, e outro que deixou mais de 50 mortos na aldeia de Hroza, na região de Kharkiv, no começo deste mês.



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