O Ibama inicia nesta semana a segunda etapa de coletas para monitoramento e avaliação dos impactos do mercúrio, usado pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. O trabalho da Rede de Monitoramento Ambiental de Mercúrio faz parte do plano federal para emergência no território indígena.
Em novembro, pesquisadores estiveram em pontos prioritários. Durante as ações conjuntas do Ibama e da Polícia Federal, os garimpos foram desativados e destruídos.
De acordo com monitoramento da PF, somente no ano passado, a área desmatada para a abertura de novos garimpos na Terra Indígena Yanomami caiu 85%. Essa redução foi percebida nas regiões onde o Ibama destruiu equipamentos e acampamentos de criminosos.
Agora, em março, os pesquisadores vão até pontos de difícil acesso na floresta, usando avião e helicópteros da Funai, para trazer amostras de água e de sedimento, conforme explica Rosângela Muniz, diretora de qualidade ambiental do Ibama.
“No terceiro momento, nós vamos fazer também coleta de pescado pra ver se eles já estão também contaminados, principalmente por mercúrio, que é bioacumulativo, e é muito usado, evidentemente, na alimentação do povo indígena que mora por ali”.
Os resultados das análises só serão consolidados após, pelo menos, mais duas coletas. Rosângela, explica que o objetivo final é viabilizar a descontaminação da área.
“Esses resultados vão servir pra várias ações preventivas, de orientação, corretivas, pra tentar descontaminar ou, pelo menos, recuperar minimamente aqueles rios e a terra, o solo”.
A Rede de Monitoramento Ambiental de Mercúrio é uma das ações realizadas pela Comissão Nacional de Segurança Química, que coordena a gestão ambientalmente adequada de substâncias químicas e resíduos, para proteger a saúde humana e o meio ambiente.
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