O primeiro bimestre deste ano teve a menor área de floresta amazônica derrubada dos últimos seis anos. De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, a devastação em janeiro e fevereiro atingiu quase 200 km², o equivalente a dois terços na comparação com o ano passado. Para se ter ideia, essa área é maior que algumas capitais, como Vitória, Natal ou Aracaju.
Apesar do registro baixo, a área de floresta já desmatada em 2024 ainda é bem maior que a média histórica para o período em todos anos anteriores a 2018. Quem explica é Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.
“O primeiro bimestre do ano de 2024 apresentou uma área desmatada acima do que foi registrada entre os anos de 2008 a 2017, exceto no ano de 2015. Para todos os outros anos da série histórica, o desmatamento registrado no primeiro bimestre anual atingiu uma área de desmatamento abaixo do que 150 quilômetros quadrados”, detalha.
Entre os nove estados que compõem a Amazônia Legal, Roraima e Maranhão foram os únicos que apresentaram aumento no desmatamento em fevereiro. No Maranhão, por exemplo, a derrubada das árvores avançou para dentro dos territórios de áreas protegidas, como a Reserva Biológica do Gurupi e Terras Indígenas.
Já os estados que tiveram maior área derrubada no primeiro bimestre, foram Mato Grosso, Roraima e Amazonas. Juntos, eles somam 77% de toda a derrubada na Amazônia. No Mato Grosso, o avanço do desmatamento ocorre ligado à expansão agropecuária. Em Roraima, dentro de terras indígenas, como os territórios Yanomami, Manoá-Pium e Raposa Serra do Sol. No Amazonas, onde os municípios da região Sul têm sido os mais críticos.
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