O paulistano está respirando um ar mais poluído. O alerta é da Cetesb, a Agência Ambiental do Governo de São Paulo, que divulgou dados do mês de fevereiro.
Sete das quinze estações de medição classificaram o ar como ruim, o que corresponde à situação de sete bairros. Em outros onze bairros, a poluição foi considerada moderada. E em um deles, Pinheiros, o ar foi apontado como muito ruim.
Embora o ar da capital paulista tenha um histórico de poluição, há três anos não tinha sido registrada a qualidade do ar “muito ruim”, em nenhum dia, em nenhum bairro da capital.
Segundo a Cetesb, o motivo dessa queda na qualidade do ar é o aumento da concentração de ozônio, um poluente formado pela queima de combustíveis, como gasolina, diesel e gás, na presença de luz solar.
Outro fator que interfere diretamente na poluição atmosférica é o volume de chuvas. Em fevereiro, choveu 15% abaixo da média histórica para o mês na cidade de São Paulo. Essa condição dificulta a dispersão dos poluentes.
A gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb, Lúcia Guardani, explica a relação da chuva com a qualidade do ar. “A chuva lava a atmosfera e faz com que a qualidade do ar fique boa. Aqui na região metropolitana, principalmente, as chuvas são escassas e o poluente fica mais tempo na atmosfera”.
O ar poluído prejudica a respiração e pode trazer ou complicar problemas de saúde, principalmente para crianças e idosos, e também em pessoas com doenças respiratórias e cardíacas, que podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço.
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