Maquinários e equipamentos de mais um acampamento ilegal foram inutilizados em operação da Polícia Federal, realizada no Amapá. O garimpo estava dentro do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, no município de Calçoene, distante cerca de 374 quilômetros de Macapá.
O acampamento foi localizado por meio de imagens de satélite que revelaram atividade de mineração no local. Os garimpeiros atuavam na extração de ouro e cometiam outros crimes ambientais, como desmatamento e contaminação do rio.
Os equipamentos estão avaliados em R$ 2 milhões, segundo a Polícia Federal.
Os investigados poderão responder pelos crimes de usurpação de bem da União, poluição e desmatamento. Em caso de condenação, eles poderão pegar pena de até 13 anos de reclusão, além do pagamento de multa.
O Tumucumaque é o maior Parque Nacional do Brasil e possui uma das maiores áreas de floresta tropical protegidas do mundo, com uma área de cerca de 3,8 milhões de hectares. Ele se estende entre estados do Amapá e do Pará, na fronteira com a Guiana Francesa e o Suriname.
Um levantamento do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena, apresentado em fevereiro, destaca que as áreas de garimpos ilegais cresceram 304% em um ano dentro do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque.
Em outubro de 2023, por exemplo, uma outra operação da Polícia Federal, na mesma região, desarticulou um outro garimpo ilegal que em poucos meses de atividade, desmatou, uma área de mais de um milhão de metros quadrados, equivalente a mais de 100 campos de futebol.
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