A Petrobras anunciou, nesta quarta-feira (17), a revitalização e retomada das operações da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S/A (Ansa), subsidiária integral da companhia. A planta está localizada em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A fábrica estava desativada desde janeiro de 2020, quando foi anunciada a “hibernação”, pois apresentava histórico de prejuízos recorrentes desde 2013, quando foi adquirida pela empresa.
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A Petrobras fez uma revisão das diretrizes estratégicas no ano passado. Com isso, o investimento na produção de fertilizantes retornou ao foco da empresa. Está prevista que na primeira fase de retomada no setor sejam reconfiguradas e consolidadas operações viáveis em ativos que já pertencem à organização.
A diretoria executiva da Petrobras também aprovou a negociação com ex-funcionários e o começo dos trâmites para a contratação de serviços de manutenção e materiais críticos para a retomada da planta industrial. Os novos acordos trabalhistas, licitações e contratações estão condicionados a nova deliberação da diretoria.
A orientação é para que a Ansa faça trabalhos de campo, buscando avaliar a integridade dos equipamentos da fábrica. Na próxima semana, áreas técnicas e administrativas da Petrobras vão trabalhar em análises, consultas e recomendações internas para haver as seguintes deliberações sobre a retomada da operação.
A diretoria de processos industriais começou os estudos para reativar a unidade de produção de ARLA 32 e o trading de fertilizantes nitrogenados, ureia pecuária e industrial, visando retornar ao mercado e se antecipar ao início da produção da planta.
De acordo com a Petrobras, a fábrica tem capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia, 475 mil toneladas/ano de amônia e 450 mil m³/ano do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32).
Federação Única dos Petroleiros comemora retomada da fábrica
Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse ser um “importante marco” a volta da empresa ao setor e informou que irá acompanhar o processo para a reabertura integral da fábrica, além de participar das negociações para a recontratação dos empregados demitidos.
A federação afirmou que, com a paralisação da fábrica em 2020, em torno de mil funcionários perderam postos de trabalho. “O processo de retomada das operações da planta industrial exige a recontratação dos empregados demitidos, mão de obra especializada, necessária para acompanhar as intervenções prévias para o início de obras, como editais e minutas de contratos de serviços de fornecimento e manutenção de materiais”, defende, em nota.
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