O secretário de Parcerias em Investimentos do governo de São Paulo, Rafael Benini, acredita que o principal atrativo da privatização da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), cujo leilão ocorrerá nesta sexta-feira (19) na B3 (Bolsa de Valores), é o potencial de expansão da geração de energia elétrica.
“Tivemos as primeiras usinas com 130 megawatts de energia solar instalada. Só no lago da Billings há 1 gigawatt, sem contar o Guarapiranga. Há muita capacidade de exploração, sendo que já está contratado 130 megawatts”, diz ele.
Além da energia solar, há a capacidade de geração de energia térmica. “Há um contrato de construção de uma térmica a gás de 2,5 gigawatts em Piratininga, e há capacidade de expandir a capacidade hidrelétrica na usina de Edgard de Souza. Tem muita possibilidade de crescimento da Emae, isso que atraiu tanta gente para o leilão”, diz Benini.
Último ativo estatal ligado à energia no estado de São Paulo, a Emae recebeu três propostas para seu processo de privatização. O grupo EDF, líder francês em geração e transmissão de energia; a Matrix Energia, comercializadora de energia brasileira que possui um fundo de investimento suíço por trás; e o fundo Phoenix entregaram envelopes com as informações exigidas no edital.
De acordo com fontes ouvidas pela Gazeta do Povo, o empresário Nelson Tanure, um dos acionistas de referência da empresa de energia Light, está por trás de um dos fundos que apresentaram proposta de compra da Emae. O governo do estado de São Paulo mostra-se otimista com a venda do ativo e espera um leilão disputado.
“A gente teve três propostas entregues, isso já é um sinal de sucesso. Esperamos muita competição e até leilão de viva-voz, e que o resultado seja muito bom”, disse Rafael Benini, secretário de Parcerias em Investimentos do governo do Estado de São Paulo, à Gazeta do Povo.
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