Último reforço do Athletico na janela doméstica do futebol brasileiro, o experiente volante Gabriel tenta retomar um bom momento na carreira após ter ficado afastado do elenco principal do Internacional.
O jogador de 31 anos chegou ao Colorado em 2022, ano em que chegou a ser capitão da equipe. No entanto, a boa fase foi interrompida por uma lesão grave. Em outubro daquele ano, Gabriel rompeu os ligamentos do joelho direito e ficou de fora por mais de nove meses.
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No ano passado, o volante perdeu espaço com o técnico argentino Eduardo Coudet. Foram 17 jogos, sendo apenas nove como titular. Em 2024, antes de ser afastado, ele esteve em campo por apenas 20 minutos durante a participação em dois duelos pelo Campeonato Gaúcho.
“Eu estou muito feliz e honrado. Muita fome de estar em campo e poder ajudar. Vestir a camisa do Athletico é uma grande oportunidade para a minha carreira e espero poder contribuir em cada segundo dentro de campo”, disse o jogador na primeira entrevista ao site oficial rubro-negro.
Solidário, Gabriel foi de capitão a afastado no Inter
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Ao UmDois Esportes, o jornalista Leandro Behs, do Zero Hora, conta que, mesmo afastado, Gabriel manteve os treinamentos e cumpriu as responsabilidades no Colorado.
“Há duas versões. A do Inter é que, sem perspectiva, ele estaria atrapalhando o ambiente. A dele, é de negar. Logo, temos dois lados. O fato é que ele jamais deixou de treinar ou foi irresponsável com o time”, conta.
Gabriel foi afastado com o meia Carlos De Pena, que acertou a ida ao Bahia. Agora, em clubes novos, a dupla tenta retomar espaço como titulares. Behs aposta que a vida nova no Furacão possa render bons momentos a Gabriel e destaca que o atleta é engajado em ações sociais.
“Gabriel chega pra ser reserva e creio que será utilizado justamente para a rotação do time. Um fato interessante é que ele sempre ajudou a comunidade. Participou de diversas campanhas de doações de alimentos e material escolar para as comunidades carentes de Porto Alegre”, completa Behs.
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Ansioso pela estreia e escolha por número de Lucho
Na primeira entrevista ao site oficial do Athletico, Gabriel destacou a força do Furacão e revelou que está ansioso e com a expectativa alta para jogar no novo clube.
“Sempre quando enfrentei [o Athletico], foram jogos duros com uma equipe muito competitiva, acho que tem isso no seu DNA. Sei que é um time que vai brigar por todas as bolas. Não vejo a hora de estar treinando e já poder estar à disposição do Cuca para poder estrear de uma vez”, contou.
Sem estar inscrito na fase de grupos da Copa Sul-Americana, a tendência é que Gabriel seja usado durante o Campeonato Brasileiro para dar descanso aos titulares Fernandinho e Erick.
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Além disso, Gabriel ainda justificou a escolha pelo número 3. Nas passagens por Corinthians e Inter, ele usou os números 5 e 23, respectivamente.
“É um número que eu acho legal. Teoricamente é mais para zagueiro no Brasil, mas como o mundo está tão moderno, as coisas acabam sendo mais tranquilas. O número pode até enganar um pouco o adversário. Vou usar e assumir essa responsabilidade. Sei que é uma camisa tradicional aqui no clube. O Lucho foi um grande jogador. Espero representar”, completou.
Tudo que Gabriel falou pela primeira vez como jogador do Athletico
Eu estou muito feliz e honrado de estar aqui. Muita fome de estar em campo, poder ajudar. O campo nos trouxe até aqui. E vestir a camisa do Athletico é uma grande oportunidade para a minha carreira. Pode ter certeza que vou retribuir todo o carinho, que venho tendo nos primeiros contatos, dentro de campo.
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O Athletico sempre foi um clube muito forte. Nos últimos anos, sempre está brigando por coisas grandes. É um clube que tem ambição de ganhar. Sabemos que é um ano centenário, então temos essa força de trazer isso como um fator positivo, com a torcida do nosso lado.
- O que pesou para vir ao Rubro-Negro
Quando começou a vincular meu nome com o Athletico, já recebi mensagens: ‘vem que vamos ser campeões, vem que o time almeja coisa grande’. Isso foi um dos fatores de eu estar aqui hoje. Não tenho medo nenhum de falar porque acredito sim no potencial do grupo. Quando você veste a camisa do Athletico, já tem essa responsabilidade por si só. Todo esse envolvimento e paixão que estão aqui no dia a dia vai fazer com que nós conquistemos. Acredito que ninguém consegue conquistar um título sozinho, acho que tem que estar todo mundo na mesma sintonia.
- Características dentro do campo
Tenho o poder de marcação, que foi um dos pontos principais da minha carreira, mas também gosto de jogar com a bola no pé. Tenho um certo entendimento com a bola, de poder jogar. Gosto de time que propõe jogo, mas se precisar esperar um pouquinho para contra-atacar.
Pode esperar um jogador que sabe fazer todas as funções durante a partida, de poder atacar com qualidade e defender com qualidade. O futebol hoje pede muito isso. Eu, com meus companheiros, tenho capacidade de vestir essa camisa. Ninguém caiu aqui de paraquedas, ninguém está aqui por a ou b e sim por qualidade, porque foi escolhido para estar aqui. São fatores que vai agregar muito ao grupo e vamos tentar fazer história nesse clube.
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- Competitividade do Furacão
Joguei algumas vezes na Arena e sempre foi um jogo muito difícil. Não só na Arena, mas sempre quando enfrentei, foram jogos duros. Sempre uma equipe muito competitiva, acho que tem isso no seu DNA. Acho que minha adaptação vai ser bem tranquila nesse aspecto porque sei que é um time que vai brigar por todas as bolas e todos os pontos. Então a expectativa é alta. Estou bem feliz com o momento e não vejo a hora de estar treinando e já poder estar à disposição do Cuca para poder estrear de uma vez e já seguir em frente.
O 3 é um número que eu acho legal. É um número teoricamente mais para zagueiro no Brasil, mas como o mundo está tão moderno, as coisas acabam sendo mais tranquilas para usar. Por eu ser volante, posso jogar saindo um pouco mais ou defendendo mais. Acho que o número pode até enganar um pouco o adversário. Usei a camisa 5 no Corinthians, a 23 no Inter. Falei ‘já que tem a 3 me esperando ali, vou usar e assumir essa responsabilidade’. Sei que é uma camisa tradicional aqui no clube. O Lucho foi um grande jogador. Espero representar essa camisa. Personalidade. Vamos vestir a camisa com toda a vontade possível para poder vencer e, o principal, conquistar título no final.
- Ações sociais fora de campo
Lado social, pra mim, é ajudar pessoas que não têm oportunidade e condição de poder ter uma vida melhor por n fatores. Fiz algumas coisas voltadas à Educação porque acredito que precisa muito bem trabalhada e investida. Começa tudo lá debaixo, na raiz. E a educação é o que vai criar ser humanos melhores, pessoas melhores. Procuro ajudar. Tenho certeza que no Athletico e em Curitiba vou seguir fazendo algumas ações sociais, não só com a educação, mas também com alimentos ou roupas. Acho que a educação, pelo que eu vejo da sociedade e pelas convicções que eu tenho como pessoa, é um dos fatores que eu venho trabalhando há um ano e espero dar continuidade.
Eu gosto de grandes desafios. Não está sendo diferente agora. Um dos fatores de eu estar aqui hoje é essa marca, esse ano tão ambicioso do clube, tão simbólico e tão importante. Espero poder contribuir com cada segundo dentro de campo e vou tentar fazer o meu melhor.
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