Indígenas de Roraima criaram uma sala de situação para monitorar, reunir informações e apoiar as brigadas de incêndio que atuam no combate às queimadas na floresta. A iniciativa do Conselho Indígena de Roraima une tecnologia moderna e os conhecimentos ancestrais dos povos indígenas do estado. Este é o primeiro sistema de gestão indígena de monitoramento para o fogo.
Pelo monitor, será feito o acompanhamento em tempo real de todas as incidências nas terras indígenas, sejam elas de foco de calor, queimadas ou chuva, já que o período de inverno iniciou em Roraima.
Por meio de informações coletadas através de imagens de satélite em todas as terras indígenas do estado e dos países vizinhos, a Sala de Situação Indígena compartilha os dados com os brigadistas e também com entidades parceiras no combate aos incêndios florestais como Prevfogo do Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Todo o equipamento foi doado pelo Instituto Terra Brasilis.
O Brasil teve mais de 17 mil focos de incêndio registrados nos primeiros quatro meses deste ano, segundo o Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O estado de Roraima aparece justamente em primeiro lugar no registro de focos: são 4.609, uma alta de 281% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram 1.209 focos. Dos 10 municípios com mais registros feitos pelo Programa Queimadas até esta terça-feira (14), os sete primeiros estão localizados em território roraimense.
A falta de chuvas no estado nos últimos meses é um dos fatores que fez crescer estes números. Em março passado, o governo de Roraima decretou situação de emergência em 14 dos 15 municípios em razão da seca.
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