Pedaços de plástico pela areia e pelo mar, destruição de vegetação rasteira, dificuldade de acesso à praia… Esses são alguns dos problemas que a construção de um muro de 576 metros na praia de Maracaípe, em Ipojuca, Pernambuco, trouxe para o meio ambiente, comerciantes e turistas. As informações são do relatório feito pelo Ibama e dos relatos de moradores.
A área é turística, fica ao lado da famosa praia de Porto de Galinhas, mas tem sofrido os impactos causados pelo muro, levantado com troncos de coqueiro em volta de uma propriedade privada de 10 hectares, à beira-mar.
Para sustentação das toras de madeira, foram utilizados sacos de plásticos que vêm se deteriorando com o tempo e se espalham pela região de estuário.
Segundo Amaro Fernandes, chefe de fiscalização do Ibama, o muro tem mais que o dobro da extensão autorizada pela Agência Estadual do Meio Ambiente.
Moradores reclamam que o muro impede a circulação de pessoas na praia, explica o comerciante do local, Alfredo Lacerda.
Segundo relatos de moradores, o muro estaria impedindo até o caminho das tartarugas marinhas para colocarem seus ovos, encontrados na base dos troncos fincados na areia. O terreno fica em duas Áreas de Proteção Ambiental: a Estuarina dos Rios Sirinhaém e Maracaípe e a Marinha Recifes Serrambi.
A Agência Estadual do Meio Ambiente não respondeu nossa reportagem. E não conseguimos o contato do proprietário do terreno.
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