As constelações estelares fazem parte da cultura de muito povos ancestrais, por isso, muito mais do que os europeizados “Cruzeiro do Sul” ou “Cinturão de Órion”, como também é conhecida a nossa constelação Três Marias, os povos indígenas do território brasileiro olhavam para o céu noturno e reconheciam o Jabuti, o Homem Vermelho ou o Caminho da Anta.
Esses são apenas alguns dos nomes das constelações indígenas destacadas pela pesquisa Cultura Estelar Tupi-Guarani, que resultaram em dois projetos: uma exposição e um livro que ainda será publicado, com ilustrações da artista indígena Mū’ūybí Maxacali. A artista explica a ligação dos indígenas com as estrelas.
De acordo com o historiador e pesquisador do tema há 20 anos, Gustavo Villa, o conhecimento de astronomia dos povos indígenas do território brasileiro só pôde ser sistematizado por meio de recortes culturais de várias fontes, como pinturas rupestres, descrições e documentos históricos produzidos pelos colonizadores europeus, além de conhecimento oral que faz parte da cultura dos povos indígenas.
De acordo com Gustavo Villa, as imagens das constelações dos povos originários estão relacionadas com os elementos do meio ambiente e os ciclos da natureza para várias etnias, como dos Tupinambá, no Maranhão; dos Pataxó, em Minas Gerais; até os Guarani, do Mato Grosso. Os fenômenos celestes observados pela cultura indígena vão desde constelações e estrelas até eclipses e chuvas de meteoros.
Por enquanto, as imagens da Exposição Cultura Estelar Tupi-Guarani, feitas pela artista plástica indígena Mū’ūybí Maxacali, que também tem transtorno do espectro autista, podem ser vistas na galeria virtual no site: www.artsteps.com
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