No dia 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, uma pesquisa da Fiocruz chama a atenção para o crescimento dos casos no Brasil, durante a pandemia. De acordo com o estudo, o segundo ano, de março de 2021 a fevereiro de 2022, foi o mais crítico, com aumento de 28% de suicídios, além do esperado em mulheres de mais de 60 anos no Sudeste e 61% na região Nordeste. Além disso, houve crescimento de 32% na região Norte e 16% entre homens no Nordeste.
Bernardo Dolabella, coordenador do setor psicossocial da Cruz Vermelha Brasileira afiliada Minas Gerais, resume os fatores que possivelmente levaram a este resultado.
O estudo também reforça que países severamente atingidos pelos efeitos diretos da pandemia, como o Brasil, foram mais propensos aos seus efeitos indiretos sobre outras causas de morte, como o suicídio e as mortes maternas, por exemplo.
Ainda de acordo com a pesquisa, o suicídio já era desafiador e crescente problema de saúde pública no Brasil, antes da pandemia, pois, de acordo com o Ministério da Saúde, já havia indícios de aumento em suas taxas, especialmente entre homens, e de 2016 em diante.
Bernardo Dolabella, da Cruz Vermelha, aponta como deve ser feita a prevenção a estes casos.
A pesquisa também aponta que é preciso monitoramento dos casos e fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial.
