O quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo, mostra o príncipe Dom Pedro altivo no centro da imagem, protagonizando a Independência do Brasil, cercado por soldados brancos e assistentes. O povo é representado por camponeses que assistem à cena e parecem nem entender o que acontecia. Mas será que a pintura ilustrou bem a realidade?
Felipe tuxá, indígena e professor da Universidade Federal da Bahia destaca a atuação dos povos originários e negros nesse processo.
Maria sylvia de Oliveira, advogada e diretora do Giledés Instituto da Mulher Negra complementa.
O Brasil se tornou independente mantendo a escravidão. Foi o último país das Américas a abolir a escravatura. Da estimativa de 12,5 milhões de cativos africanos embarcados para o continente, ao longo de 350 anos, 40% tiveram como destino as senzalas brasileiras. Já para os indígenas que aqui viviam, a realidade imposta foi o genocídio. Segundo pesquisa de uma universidade inglesa, a colonização exterminou quase 90% dessa população em um século, ou seja, 56 milhões de pessoas. Felipe tuxá destaca que para esses povos a luta por independência continua nos dias atuais.
E o caminho para a liberdade e reconhecimento da cidadania de povos excluídos segue sendo de resistência e luta contra a violência, a pobreza e o preconceito, como reforça Maria Sylvia de Oliveira e o xamã e líder político, Davi Kopenawa.
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