Israel criticou e os Estados Unidos adiantaram que vão vetar
uma proposta de resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas para
admitir a Palestina como um Estado-membro de pleno direito na ONU.
A proposta deve ser votada ainda nesta quinta-feira (18) e
mudaria o status palestino, que desde 2012 é um Estado observador não membro das
Nações Unidas.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Vedant
Padel, disse que os Estados Unidos devem votar contra a proposta, apresentada
pela Argélia, o que a inviabiliza, porque Washington é um dos membros
permanentes do Conselho de Segurança.
“Fomos muito claros ao afirmar que uma ação prematura em
Nova York, mesmo com a melhor das intenções, não fará com que a Palestina seja
reconhecida como um Estado”, declarou Padel em entrevista coletiva em
Washington.
O porta-voz comentou que, se a Palestina tiver permissão
para ingressar no órgão internacional, os EUA retirarão seu financiamento. Os
EUA são atualmente o maior contribuinte da ONU, doando mais de US$ 18 bilhões
no ano passado.
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse no
Conselho de Segurança que o simples fato da admissão palestina como Estado-membro
de pleno direito ser considerada é “imoral” e que ela “recompensaria os
apoiadores e perpetradores” dos atentados de 7 de outubro, praticados pelo
Hamas.
“Os assassinos de crianças e estupradores do Hamas estão
assistindo a esta reunião e sorrindo”, criticou.
“Quantas vezes este conselho se reuniu para discutir formas de avançar na libertação dos nossos reféns detidos em Gaza? Quantas vezes? Nem sequer uma vez”, questionou Erdan. “Quantas condenações este conselho emitiu contra o Hamas pelo seu hediondo massacre de 7 de outubro? Zero.” (Com Agência EFE)
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