O Irã lançou um ataque com mísseis e drones contra Israel neste sábado (13), segundo as forças de segurança de Tel Aviv e a mídia estatal iraniana.
As aeronaves não tripuladas devem levar algumas horas para chegar ao território israelense. Em um pronunciamento oficial, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país está “preparado para um ataque direto”.
O presidente norte-americano Joe Biden, por sua vez, interrompeu uma viagem pessoal para retornar à Casa Branca, de onde pretende monitorar a situação.
“O presidente Joe Biden foi claro: o nosso apoio à segurança de Israel é inflexível. Os Estados Unidos estarão ao lado do povo de Israel e apoiarão a sua defesa contra as ameaças do Irã”, afirmou o governo americano em um comunicado.
A tensão na região aumentou após o bombardeio ao consulado do Irã em Damasco, na Síria, no último dia 1º. A investida, atribuída pelos dois países a Israel, deixou ao menos oito mortos.
O governo israelense não assumiu a autoria do ataque, mas está em alerta máximo desde que os iranianos prometeram uma retaliação.
A expectativa é de que os alvos sejam militares, e não atinjam civis. Este é o primeiro ataque direito de Teerã contra Israel, que até então havia sito vítima apenas de ações terroristas de grupos ligados ao regime iraniano.
Além de Israel outros três países fecharam seus espaços aéreos em meio aos ataques: Jordânia, Iraque e Líbano.
Também neste sábado, a Guarda Revolucionária iraniana capturou um
navio de contêineres, ligado a um empresário israelense, no Estreito de Ormuz,
uma das principais rotas comerciais do planeta.
O MSC Aries tem bandeira portuguesa, mas é associado à companhia
inglesa Zodiac Maritime, do bilionário Eyal Ofer. A empresa confirmou a captura
e afirmou que 25 tripulantes estavam a bordo da embarcação.
Os comandos da Guarda Revolucionária, o exército ideológico liderado pelo aiatolá Ali Khamenei, abordaram o navio com um helicóptero e o desviaram de sua rota para o Irã.
De acordo com as agências internacionais de notícias, a aeronave utilizada é um Mil Mi-17, modelo produzido na antiga URSS e usado anteriormente por iranianos e iemenitas.
Logo após a apreensão do MSC Aires, o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, concedeu uma
entrevista ao jornal The Times of Israel em que pediu o apoio da
comunidade internacional para sancionar o regime iraniano imediatamente.
“O governo do aiatolá Khamenei apoia os crimes do Hamas e agora
está conduzindo uma operação pirata que viola o direito internacional. Peço à
União Europeia e ao mundo livre que declarem a Guarda Revolucionária do Irã uma
organização terrorista, afirmou.
A Casa Branca também se posicionou sobre o ocorrido no Estreito de Ormuz. “Pedimos ao Irã que libere imediatamente o navio e a sua tripulação internacional”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson.
Segundo ela, “a captura de um navio civil sem provocação prévia é uma violação flagrante do direito internacional e um ato de pirataria por parte do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica”.
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