Em uma entrevista concedida à revista Time no dia 12 de abril, divulgada nesta terça-feira (30), o ex-presidente dos EUA Donald Trump (2017-2021) expressou algumas críticas contra o atual primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmando que ele foi “merecidamente criticado” por não ter conseguido impedir o ataque terrorista do Hamas que resultou num massacre de civis no território israelense no dia 7 de outubro de 2023.

Na entrevista, Trump destacou que havia “informações suficientes” para o
governo israelense evitar o ataque terrorista palestino e que “milhares e
milhares de pessoas sabiam sobre isso”, mas Israel foi pego de surpresa.

“7 de outubro nunca deveria ter acontecido”, disse Trump. “Tudo estava lá para impedir isso. E muitas pessoas sabiam, você sabe, milhares e milhares de pessoas sabiam, mas Israel não sabia. Acho que ele [Netanyahu] está sendo fortemente culpado por isso”, afirmou o republicano.

Segundo a Time, Netanyahu está enfrentando dificuldades para manter o apoio
público e permanecer no poder, com pesquisas mostrando que ele está atrás de
seu principal rival político, Benny Gantz, que integra o gabinete de guerra.

Trump também relembrou na entrevista à revista sua experiência negativa com Netanyahu em relação à retirada de Israel do ataque liderado pelos EUA em 2020 em Bagdá, no Iraque, que matou o general iraniano Qasem Soleimani, dizendo: “Eu tive uma má experiência com Bibi… e isso foi algo que nunca esqueci. E me mostrou algo”.

Trump disse na entrevista que, caso eleito, se aliaria a Israel em um eventual confronto do país contra o Irã.

“Se eles [o Irã] atacarem Israel, sim, nós estaríamos lá”, disse.

O republicano também afirmou que considera “improvável” a viabilidade de um Estado palestino coexistindo pacificamente ao lado de Israel.

“Houve um tempo em que eu acreditava que a solução de dois estados poderia funcionar”, declarou Trump, acrescentando que agora vê “a realização dessa solução como algo muito, muito difícil”.

Trump também comentou sobre possíveis substitutos de Netanyahu, reconhecendo que “há algumas pessoas muito boas” em Israel que poderiam fazer “um bom trabalho” no lugar do atual premiê.