Projeto para incluir aborto na Constituição francesa será aprovado até 2024, diz Macron – @gazetadopovo


O presidente da França, Emmanuel Macron
O presidente da França, Emmanuel Macron| Foto: EFE/EPA/LUDOVIC MARIN

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou neste
domingo (29) que seu governo trabalha para incluir o aborto na Constituição da França
até 2024.

Macron disse que seu novo projeto de lei sobre o tema será apresentado ainda nesta semana ao Conselho de Estado da França, o alto tribunal administrativo do país, e até o final do ano ao Conselho de Ministros da França.

Por meio de sua conta oficial no X (antigo Twitter), o
presidente francês disse que em “2024 a ‘liberdade das mulheres’ de recorrer ao
aborto será irreversível”.

O anúncio ocorre semanas após Macron dizer em um discurso
realizado no Conselho Constitucional, no último dia 4 de outubro, que
tinha o desejo de incluir o aborto na Carta Magna do país “o mais rápido
possível”.

Um projeto de lei para incluir o aborto na Constituição da
França, desenvolvido e apoiado por partidos da esquerda, já foi também aprovado
na Assembleia Nacional do país em novembro do ano passado, mas ainda enfrenta
discussões.

O novo projeto de lei sobre o aborto apresentado por Macron visa resolver os debates que ainda estão em pauta e permite que ele convoque uma sessão especial da Assembleia Nacional e do Senado no Palácio de Versalhes para aprovar a emenda constitucional. Este método também permite a aprovação da emenda constitucional por três quintos dos votos. O novo projeto de lei estava sendo desenvolvimento há meses.

O aborto é descriminalizado na França desde 1975, e a
mudança legislativa no ano passado também estendeu o prazo para a realização do
procedimento em até 14 semanas.

As discussões sobre o projeto nesse sentido surgiram após a Suprema Corte dos Estados Unidos anular, em junho de 2022, a sentença do caso Roe vs. Wade, permitindo que os estados americanos legislassem livremente sobre o aborto. Essa decisão motivou vários estados a reativarem ou aprovarem leis pró-vida.



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