Os 15 anos do Fundo Amazônia foram lembrados nesta segunda-feira (7) em Belém do Pará. Ministros, representantes estrangeiros e sociedade civil fizeram um balanço do período e falaram das perspectivas pros próximos anos. 

O Fundo Amazônia foi criado em 2008 pra arrecadar dinheiro e investir na prevenção, no monitoramento e no combate ao desmatamento na Amazônia Legal, frente às mudanças climáticas. 

Noruega e Alemanha são os principais doadores, mas outros países, como Estados Unidos e França, também querem participar. A gestão é feita pelo BNDES, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. 

E segundo o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, os recursos do fundo trouxeram mais proteção aos povos da região, e mais sustentabilidade à floresta. Mas, os desafios ainda são grandes. 

O diretor da Iniciativa Internacional de Clima e Floresta da Noruega, Andreas Dahl Jørgensen, destacou a redução de 60% do desmatamento na Amazônia em julho. 

Entre 2008 e 2019, R$ 1,8 bilhão foram aplicados em 102 projetos. O fundo apoia 100 terras indígenas e 195 unidades de preservação na Amazônia. São 75 milhões de hectares de florestas com manejo sustentável e 240 mil beneficiados com atividades produtivas sustentáveis. 

O fundo também já apoiou 1900 operações de fiscalização ambiental, além de pesquisas científicas relacionadas à preservação ambiental e às mudanças climáticas. 

Depois da paralisação do fundo, entre 2019 e 2022, agora mais de R$ 3 bilhões estão disponíveis para novos projetos na região.