Os corais, que encontram no litoral do nordestino um ambiente favorável para se desenvolverem, estão sofrendo um processo de branqueamento. O fenômeno está sendo monitorado pelo Cepene, Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste, vinculado ao ICMBio, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Leonardo Messias, coordenador do Cepene, explica que o embranquecimento está ligado ao aumento da temperatura no oceano.
Messias explica que esse é um fenômeno que atinge recifes de corais em todo o mundo, em diferentes graus de intensidade. No Brasil, além do monitoramento, o trabalho de pesquisa também envolve a recuperação das área atingidas.
Nesta semana, começaram a ser detectados branqueamentos em algumas espécies nas costas de Tamandaré, em Pernambuco, e de Sergipe. A Biofábrica de Corais – projeto de conservação desses animais invertebrados marinhos – informou que o problema também foi detectado em sua área de reintrodução de corais, em Porto de Galinhas, Pernambuco. Pesquisadores acompanham, ainda, a situação em áreas como Abrolhos, Atol das Rocas e Fernando de Noronha.
Mais do que a beleza, os corais possuem uma importante função ecológica, além de servirem de abrigo e alimento para diversas espécies. Uma em cada quatro espécies marinhas vive nos recifes. Peixes, moluscos e uma quantidade incontável de algas e crustáceos habitam e se reproduzem em torno dos corais.
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