O desmatamento da Mata Atlântica caiu 27% na passagem de 2022 para 2023. A redução aconteceu na parte contínua do bioma, que vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, e onde ficam as florestas maduras.
No entanto, houve aumento do desmatamento nas áreas de transição com o Cerrado e a Caatinga, onde ficam as florestas jovens.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (21) pela Fundação SOS Mata Atlântica, criada em 1986 com a missão de defender o bioma, por meio do monitoramento e pesquisas que ajudem na definição de políticas públicas para sua preservação.
O estudo que acaba de ser anunciado teve por base o Atlas da Mata Atlântica e o Sistema de Alertas de Desmatamento.
Para o diretor executivo da SOS Mata Atlântica, o engenheiro agrônomo Luís Fernando Guedes Pinto, a redução no desmatamento na área contínua é um sinal de que as políticas de conservação e o monitoramento intensivo estão produzindo resultados positivos. No entanto, destaca que está evidente que os desafios na Caatinga e no Cerrado são grandes.
O engenheiro agrônomo enfatiza que a fiscalização da Lei da Mata Atlântica deveria ser mais rigorosa para conter o desmatamento.
Dados do Atlas mostram ainda que resta somente 10% da Mata Atlântica original no Rio Grande do Sul. Esse desmatamento, segundo o diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, aumentou o efeito da chuva, contribuindo para as enchentes e diminuindo a capacidade de resistência aos impactos climáticos.
*Com informações da Agência Brasil
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