Emissões de carbono na Amazônia dobraram em 2019 e 2020 – @agenciabrasil


O afrouxamento na aplicação das leis ambientais dobrou as emissões de carbono na Amazônia em 2019 e 2020, primeiros dois anos do governo de Jair Bolsonaro. A pesquisa, assinada por 30 cientistas, foi publicada na revista Nature.

De acordo com a pesquisa, as emissões de gás carbônico cresceram quase 90% em 2019 e 122% em 2020, quando comparadas com o período de 2010 a 2018. Entre os principais fatores estão o desmatamento, a queima de biomassa e a degradação florestal.

Segundo os pesquisadores o aumento vem, principalmente, do oeste da Amazônia, que deixou de ser um sumidouro para ser fonte de emissões. De acordo com dados do Prodes, o desmatamento lá aumentou cerca de 80% nos dois anos avaliados. A área queimada cresceu 42% em 2020.

Nesse período, os órgãos de fiscalização multaram 30% menos em 2019 e 54% menos em 2020.

A pesquisadora do Inpe Luciana Gatti, que liderou o estudo, mostrou que os alertas de desmatamento aumentaram, enquanto as multas e outras medidas de combate aos crimes ambientais diminuíram.

Nós entramos em contato com a assessoria do deputado federal Ricardo Salles, que comandou o Ministério do Meio Ambiente em 2019 e 2020, para comentar, mas não tivemos retorno até o fechamento desta reportagem.



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