Instituições públicas, entre elas, cinco universidades federais, estabeleceram um esforço conjunto, para preencher o “apagão” de dados e desenvolver estratégias de enfrentamento à contaminação por mercúrio na Amazônia.
E, para marcar o início dessas ações, foi lançado nesta terça-feira (21) o Instituto Amazônico do Mercúrio, em Belém, no Pará.
O Instituto, que vai agregar esforços de grupos de pesquisa, nasce para estabelecer ao menos um polo de testagem de contaminação em cada estado da região.
A iniciativa será a primeira rede dedicada especificamente ao problema, integrando pesquisa científica, treinamento profissional e engajamento comunitário para enfrentar um dos principais problemas ambientais e de saúde pública.
A coordenadora do Instituto e professora da Universidade Federal do Pará, Maria Elena Crespo López, destaca que a questão não se restringe apenas à Amazônia.
“A ciência já demonstrou que o mercúrio gerado na América do Sul, onde 80% é gerado na Amazônia, chega em regiões como o polo ártico. Se ele chega ao polo ártico, ele chega em todo o Brasil. É por isso que as ações de conscientização serão promovidas em todo o país”.
A presença de mercúrio na Amazônia, metal perigoso para o homem e o meio ambiente, é um problema sistêmico de grande complexidade, com efeitos devastadores sobre a segurança alimentar e saúde das comunidades locais.
Sua utilização na região se dá principalmente pela atividade ilegal de garimpeiros, que utilizam o metal para separar o ouro dos sedimentos encontrados em rios ou na terra. O mercúrio forma uma reação química com o ouro em estado bruto, o que facilita sua extração.
O mercúrio não se decompõe facilmente no meio ambiente, o que o leva a entrar em um ciclo contínuo de deposição e remoção entre o solo, os corpos d’água e a atmosfera.
Acesse esta notícia no site da Agencia Brasil – Link Original