A perda de ritmo na neste início de ano foi puxada pelo setor extrativo, uma vez que a indústria de transformação permaneceu estável, apontou André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na série com ajuste sazonal, a média global da indústria registrou queda de 0,3% em fevereiro ante o mês imediatamente anterior, após já ter recuado 1,5% em janeiro.
No mesmo período, a produção da indústria de transformação ficou estável (0,0%) tanto em janeiro quanto em fevereiro. Já as indústrias extrativas recuaram 6,9% em janeiro, caindo 0,9% em fevereiro.
“Tanto no mês de janeiro quanto no mês de fevereiro, nessa comparação com o mês anterior, a indústria de transformação ficou com variação nula. O resultado de dezembro de 2023 ficou com variação positiva de 0,4%”, lembrou Macedo. “Claro que esse movimento de queda na margem no setor industrial está sendo puxado pelo setor extrativo, dado que a indústria de transformação está em patamar semelhante ao de dezembro.”
Em dois meses seguidos de perdas, as indústrias extrativas acumularam uma queda de 7,8% na produção. Segundo Macedo, tanto a parte de extração de quanto a de e gás encolheram em janeiro. Em fevereiro, houve avanço no segmento de petróleo, mas ainda em magnitude insuficiente para compensar o novo recuo verificado no minério de ferro.
“Em janeiro, tanto minério de ferro quanto óleo e gás recuaram. Em fevereiro, petróleo e gás estão mostrando crescimento na produção, mas ainda insuficiente para levar as extrativas para o positivo”, frisou Macedo.