Surto da Doença de Chagas acende alerta para redução de riscos

Um surto de transmissão oral recente da Doença de Chagas no norte do estado da Bahia acendeu um alerta para a necessidade de cuidados para reduzir os riscos da infecção e a importância do diagnóstico dos casos agudos.

De acordo com o alerta epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde do Estado, até maio, cinco casos e uma morte foram confirmados na região de Jacobina.

No Pará, estado com maior número de casos da doença no Brasil, estudos apontam que a transmissão oral já representa a maioria das ocorrências, 80% dos diagnósticos. No ano passado, foram 352 casos confirmados e, neste ano, até março, de acordo com o governo do estado, mais 75 pessoas foram contaminadas.

No entanto, há diferenças entre os casos ocorridos no norte do país e as ocorrências em outros estados, como o surto recente na Bahia. De acordo com o pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Neves Santos, o alto número de casos no Norte do país ocorre em função da cultura do açaí e de outros produtos que são consumidos in natura.

Muitas vezes, devido às condições de armazenamento, o barbeiro, inseto que pode carregar nas fezes o parasita causador da doença, é triturado juntamente com os frutos favorecendo a infecção pelo consumo. Já em outros estados, Fred Luciano Neves Santos afirma que os surtos que vêm ocorrendo são acidentais.

O pesquisador defende que é preciso ampliar o conhecimento das equipes de saúde, em nível nacional, capacitando os profissionais para suspeição da Doença de Chagas, que na fase aguda tem sintomas não muito específicos.

Dados levantados em estudo da Fiocruz, divulgado em 2020, revelam que desde 2005, os registros de transmissão oral da Doença de Chagas vêm aumentando significativamente no país. As maiores proporções de casos na região Norte são observadas principalmente nos períodos após a safra de açaí.

A doença também pode ser transmitida pela picada do barbeiro infectado, que deposita fezes contaminadas no local, permitindo a entrada do parasita na corrente sanguínea.

Estudos apontam que o choque térmico é uma das principais recomendações para a eliminação do agente causador da Doença de Chagas nos frutos do açaí. A técnica consiste em mergulhar os frutos na água quente entre 80 e 90 graus, por dez segundos, e depois resfriá-los em água com temperatura ambiente por dez minutos.

Na fase aguda, os principais sintomas são dor de cabeça, febre, cansaço, edema facial e dos membros inferiores, taquicardia, palpitação, dor no peito e falta de ar.

O diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento são fundamentais para reduzir os danos que o parasita Trypanosoma cruzi pode causar no organismo, principalmente no coração e sistema digestivo.

Este é um resumo criado com inteligência artificial, leia a notícia completa no site do autor: Agencia Brasil – Link Original

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